21 de fevereiro de 2010

Energúmenos

Irrita-me ver uma geração que cada vez mais se revela ignorante e sem vontade para melhorar. Qual o problema de aumentar a sua cultura geral? Morre alguém num país do Terceiro Mundo cada vez que se faz isso?

Irrita-me mesmo.

Reparem numa conversa (felizmente) curta que tive hoje:

- Ah, disseram-me que na outra semana que vieste que tinhas trazido um filme. Era de terror?
- Não.
- Porquê? Não gostas de terror? Tens medo, é? Ou não os consegues ver sozinho?
- Não, apenas não gosto do género. Por norma não vejo. É raro o filme de terror que veja e/ou aprecie.
- Então se não era de terror era o quê?
- Era um thriller.
- O que é isso?

(...silêncio...)

- É um filme que não é de terror.

Sinceramente, não sabia o que havia de responder a tal criatura, pelo que apenas consegui responder aquilo. Se estivesse a falar de um género mais oculto, não tão conhecido pelo público em geral como por exemplo um snuff, aí sim eu compreendia. Mas não, estava a falar de um género bem usual. No entanto, deixo aqui a definição de um thriller para os demais interessados:

"Thriller is a broad genre of literature, film and television that includes numerous and often overlapping sub-genres. Thrillers are characterized by fast pacing, frequent action, and resourceful heroes who must thwart the plans of more powerful and better equipped villains." (in Wikipédia)

Tão simples, não acham? Não chega? OK, eu mostro mais:

"Thrillers often overlap with mystery stories, but are distinguished by the structure of their plots. In a thriller, the hero must thwart the plans of an enemy, rather than uncover a crime that has already happened; while a murder mystery would be spoiled by a premature disclosure of the murderer's identity, in a thriller the identity of a murderer or other villain is typically known all along. Thrillers also occur on a much grander scale: the crimes that must be prevented are serial or mass murder, terrorism, assassination, or the overthrow of governments. Jeopardy and violent confrontations are standard plot elements. While a mystery climaxes when the mystery is solved, a thriller climaxes when the hero finally defeats the villain, saving his own life and often the lives of others. In thrillers influenced by film noir and tragedy, the compromised hero is often killed in the process." (again, in Wikipédia)

O filme em questão era o Taking Lives, com o Ethan Hawke e Angelina Jolie nos papéis principais.















Mas pronto.
Até podia passar, se não fosse a calinada seguinte.

Vários filmes à escolha. Filme eleito: Lista de Schindler.

- Ena, parece ser fixe!
- Olhem que não é de terror.
- Ooooh, a sério?
- Não, não é de terror.
- Do que é então?
- Ora bem, já ouviram falar de Aushwitz?
- Não...
- Campos de concentração? Segunda Guerra Mundial?
- Também não...



Image Hosted by ImageShack.us


(pausa)
(ironia mode ON)

- Ora bem, há uns anos havia um senhor chamado Hitler que não gostava muito de judeus então mandava-os para campos de concentração para trabalharem no duro e em troca ele matava-os.
- Aaah, acho que estou a dar isso em História! Ele até ficava com as cenas deles porque eles eram bué da ricos, não era?
- Sim, era mais ou menos essa "cena".
- Ya, em que Portugal até andou a lutar e tudo com esse gajo!
- Mas tu estás doido ou quê? Portugal nem sequer entrou na Segunda Guerra Mundial!
- Sim, ele até lutou com o Nuno Álvares Pereira!
- DESCULPA?!!??!??!??
- Foi foi 'pá! Táctica do quadrado! Lá nos campos de concentração!!
- Ouve lá moço... Tu sabes quando é que foi isso da táctica do quadrado?
- Não!
- Garantidamente foi antes de 1910. Sabes o que é que aconteceu em Portugal em 1910?
- Não...!

(pausa)

- Pois, então olha: só te digo que a Segunda Guerra Mundial foi por volta de 1940.
- Ena meu, é uma 'ganda diferença de anos...
-Oh, isso parece ser bué da seca, vou ver a Lua Vermelha na SIC.

Os que ficaram depois arrependeram-se e quiseram mudar de filme.
Porquê? Vejam só:

- Oh, não está aqui mais ninguém, vamos ver o outro filme.
- Não queres ver o filme?
- Oh, ainda por cima é a preto e branco.
- O que é que tem? Na altura foi filmado assim para dar mais projecção à história/época à qual se estava a referir da História.
- Oh, mas não se percebe.
- Não consegues perceber o filme porque é a preto e branco?!?!? Eles falam na mesma, as legendas também aparecem, sabes?
- Oh, é estúpido. Não gosto.

Recusaram ver um dos filmes mais importantes da História do Cinema a documentar um dos acontecimentos mais marcantes da História para ver uma comédia lamechas.
Eu não devo ser normal. Só pode. Falaram-me na Lista de Schindler andava eu no meu 3º ano escolar. Fiquei completamente apaixonado só por ouvir falar do filme, queria vê-lo o mais depressa possível. E estes putos preferem ver uns vampiros na TV que não comem gente mas que os andam a "comer".

E perguntam vocês:

- Oh Miguel, então porque é que eles escolheram então em primeiro a Lista de Schindler?

A resposta está aqui:



Pelo menos há-que louvar a imaginação em terem imaginado que era um filme de terror. Mas apesar de eu ter referido que não era de terror, eles pensaram que era fixe pela capa.







Então o que é que preferiram ver?




































Com Hugh Grant no papel principal.


Três palavras:




Cordiais saudações,



Miguel Rocha

8 de fevereiro de 2010

La Roux

Ora pois bem, a minha mente está tranquila. Finalmente.

Há uns tempos escrevi em tão ilustre blog uma rubrica sobre a pessoa em questão.

Promessa feita, promessa cumprida.
Junto mostro fotografias de disco(s) edição limitada, pela ordem em que os recebi, acompanhados dos seguintes videoclips (acham que não os ia ter, querem ver...?), mostrando assim toda a colecção que de momento tenho e quero de La Roux. Se entretanto houver mais discos raros, certamente que irei fazer os possíveis para os juntar a esta bela colecção.

Ilustres cumprimentos,


Miguel Rocha









Ouvi a música pela primeira vez em Junho de 2009, ia eu a caminho de casa da minha avó para ir almoçar, rádio sintonizado na Antena 3.
Mais tarde liguei para a Antena 3 para saber o nome da música, tentando cantar alguma da letra que ouvi, pois francamente fiquei mais "vidrado" no groove desta que propriamente na letra em si.
Lá me disseram o nome e foi assim o início do fascínio:


In For The Kill
(Curiosidade: a pessoa que me vendeu o disco foi exactamente a mesma que emprestou o carro que serviu para a realização do videoclip: um Toyota MR2 MKII. Vinyl autografado pela Elly Jackson)







































[Limited Edition - Car Shape 7"]





La Roux - La Roux
(Curiosidade: Vem com as letras das músicas, assim como com um poster da Elly Jackson. Obteve o 9º lugar na Best Art Vinyl 2009, como podem comprovar aqui)















[La Roux - La Roux LP 12"]











[Inside gatefold sleeve album art]















[Poster]



Bulletproof
[Curiosidade: Quem me vendeu o disco foi um português a viver em Londres. Mundo pequeno, ein?]






























[Limited Edition - Square Shape 7"]





I'm Not Your Toy
























[Inside gatefold sleeve album art]

















[Limited Edition - Green 12"]





Quicksand











































[Limited Edition - Single Sided Etched (non-playable side) 7"]






Pronto, eu sei que estou a ser vaidoso. May I?


É muito bom, admitam lá se faz favor.

3 de fevereiro de 2010

Mariquices?

Eu ia falar da estupidez que é maltratarem os homossexuais, oporem-se ao facto de se casarem, irem para o Exército entre outras coisas, que constatei que é impossível mudar mentalidades. Estava a preparar um texto enorme para os defender mas vi que não vale a pena. Não com a sociedade que temos. Parabéns a quem tem força para defender e apoiar os homossexuais. Vocês vivem num mundo cruel, é só o que vos tenho a dizer.

Sim:
- Ao casamento;
- À ingressão no Exército;
- A viverem uma vida sem preconceitos.


Não:
- À adopção.


Nota:

Estou a falar dos homossexuais, de pessoas que se sentem atraídas por membros do mesmo sexo e que vivem uma vida normal, com as mesmas rotinas que as ditas pessoas "normais" (que começo a questionar-me quem é que é normal aqui...); não estou a falar dos maricas que vão a desfiles gay e que têm atitudes efeminadas e sobejamente exageradas. Grande diferença. Existe uma grande diferença mesmo.

Cumprimentos a todos, mesmo os anormais dos homofóbicos.


Miguel Rocha