23 de novembro de 2011

Yes!



Indeed I am.
At last.




I'm not in love, so don't forget it
It's just a silly phase I'm going through
And just because I call you up
Don't get me wrong, don't think you've got it made
I'm not in love, no-no
(It's because...)

I like to see you, but then again
That doesn't mean you mean that much to me
So if I call you, don't make a fuss
Don't tell your friends about the two of us
I'm not in love, no-no
(It's because...)

(Be quiet, big boys don't cry)
(Big boys don't cry)
(Big boys don't cry)
(Big boys don't cry)
(Big boys don't cry)
(Big boys don't cry)
(Big boys don't cry)

I keep your picture upon the wall
It hides a nasty stain that's lyin' there
So don't you ask me to give it back
I know you know it doesn't mean that much to me
I'm not in love, no-no
(It's because...)

Ooh, you'll wait a long time for me
Ooh, you'll wait a long time

Ooh, you'll wait a long time for me
Ooh, you'll wait a long time

I'm not in love, I'm not in love...






So:






BAZINGA.





Cumprimentos revigorados,

Miguel Rocha


16 de novembro de 2011

Educação

Hoje acordei com uma música na minha cabeça.
E notei que já não a ouvia há muito tempo.

Isso fez-me voltar a uns largos anos atrás.
E andei a matutar nisto o dia todo:

As pessoas falam da importância que os pais devem dar aos filhos:

- se andam a comer bem;
- se não se portam mal;
- se são educados;
- se andam a estudar, etc.

Sempre houve o hábito de estar em cima dos filhos e de olhar por eles, ser o pai / mãe-galinha.
Completamente compreensível.
Da mesma maneira que é compreensível o filho ver no seu pai um ídolo, o seu herói; é o rumo natural da vida a decorrer.
Mas será que as pessoas já repararam no quão importante é no crescimento de uma criança a música que esta ouve?
Na forma como isso pode formar a sua personalidade, o seu carácter?

Tive hoje essa epifania.

Sou de uma geração que na sua infância não tinha internet nem PC's nem mp3's nem downloads.
Era o vinyl (já não muito usado lá por casa), as cassetes e os CD's.
Sou mais dos CD's do que das cassetes.

Isso significa que não havia a facilidade em adquirir música como se adquire hoje em dia.
Hoje fazemos dois cliques e temos a música a tocar à frente dos nossos olhos, já guardada no nosso PC num ápice.
Com os CD's era diferente.
Lembro-me que os CD's que existiam lá em casa eram tocados vezes sem parar. Eu ouvia tanta vez os CD's que já começava a saber de cor os acordes, a letra (no meu inglês macarrónico de qualquer criança de 10 anos), os sons.
Dávamos valor e apreço ao que tínhamos à nossa frente. Além de ter um cuidado redobrado pelo material e pelos compact discs - não fosse eu levar uma malha por ter sido descuidado - sentia-me adulto por poder mexer naquilo tudo. E saber o que estava a ouvir e compreender.
É o equivalente ao sair pela primeira vez sem os pais a vigiar.
Era emancipação, era orgulho.

Diria mesmo algo nobre.
"Eu sei mexer porque o meu pai deixa-me."

E gostava de ouvir aquilo; era a música do meu pai.
"Se ele gosta, é porque é bom. Então também gosto."

Recordo-me perfeitamente de um dia a minha mãe estar na faxina comum de domingo e eu estar a tocar o mesmo CD das Seleccções do Reader's Digest - faixa 13:



Muito pulava eu em cima do sofá maior castanho em couro, já meio coçado nos apoios dos braços.
Lembro-me que estive a tarde toda com o CD em modo repeat 1 on.

Quem diz essa faixa, diz muitas mais.
Hoje, muito do que eu conheço e ouço devo ao meu pai. O facto de eu ser um DJ e ter uma escolha para o tipo de música que gosto de tocar teve influência dessa escolha e formação feita na infância também.

Claro que à medida que os anos passam os gostos variam, o leque musical abrange outros estilos e sons.
Mas nunca se devem esquecer as raízes.
Nunca.

Nunca se deve esquecer que quando éramos cachopos ouvíamos umas músicas que hoje ao nos apercebermos fazemos o épico facepalm, mas que na altura fazia imenso sentido na nossa mente.

Isto, tal como tudo na vida, é crescimento.
É com os erros que aprendemos.
Mas nunca deve ser esquecido de modo a que sejamos uma pessoa melhor no futuro.

Tenho muito orgulho na infância que tive, assim como nas escolhas musicais que o meu pai tinha.
Fez de mim a pessoa apaixonada por música que sou.
E com bastante orgulho no que ainda ouço, passados 16 anos ou mais.

E continuo com o mesmo cuidado em guardar as coisas - sendo que agora também uso vinyl - e em ouvir todas as músicas atentamente.

Esta era a música que me acordou hoje os sentidos:







Cat Stevens - Lady d'Arbanville

My Lady d'Arbanville, why do you sleep so still?
I'll wake you tomorrow
and you will be my fill, yes, you will be my fill.

My Lady d'Arbanville why does it grieve me so?
But your heart seems so silent.
Why do you breathe so low, why do you breathe so low,

My Lady d'Arbanville why do you sleep so still?
I'll wake you tomorrow
and you will be my fill, yes, you will be my fill.

My Lady d'Arbanville, you look so cold tonight.
Your lips feel like winter,
your skin has turned to white, your skin has turned to white.


My Lady d'Arbanville, why do you sleep so still?
I'll wake you tomorrow
and you will be my fill, yes, you will be my fill.


La la la la la....


My Lady d'Arbanville why do you grieve me so?
But your heart seems so silent.
Why do you breathe so low, why do you breathe so low,


I loved you my lady, though in your grave you lie,
I'll always be with you
This rose will never die, this rose will never die.


I loved you my lady, though in your grave you lie,
I'll always be with you
This rose will never die, this rose will never die.





Saudações musicais,

Miguel Rocha