Adeus...
Como esta palavra me custou tanto dizer hoje. Nunca pensei que isto pudesse acontecer, assim como outras pessoas ainda têm dificuldade em acreditar.
Custa-me acreditar que nos deixaste. Magoou-me imenso ver-te ir, especialmente por ter estado contigo no dia anterior e, enquanto falavas, eu, na minha mente, apenas pensava:
"Gosto mesmo deste gajo. É mesmo um curtido."
Tenho que dar razão ao meu irmão quando este disse que foi das cerimónias mais bonitas que assistiu. Afinal de contas, correu como querias.
É com grande pesar que digo pela última vez adeus, nunca me esquecendo das últimas palavras que me disseste, na tua maneira única, original e carinhosa, mesmo ao teu estilo:
"Vai 'p'ro caralho, não vos quero aturar mais, foda-se! Vou 'pra casa 'ca minha Maria 'tá a passar a ferro. A tua mãe está boa? Então manda beijos lá em casa. Xau, 'pá!".
E é mesmo assim que me quero recordar de ti para sempre.
És único, e toda a gente te adorava por isso.
Descansa em paz, oh jeitoso.
Miguel Rocha