Como muitas das pessoas que costumam dar uma olhadela ao meu blog devem saber, eu sou um fã(nático) por música.
E, como entusiasta que sou, faço colecção de videoclips. Se não toda a gente, 98% das pessoas que já estiveram no mínimo trinta minutos comigo já me ouviram a cantar uma música, ou dizer o nome da banda e consequente música que se estava a ouvir e dizer prontamente "tenho esse videoclip", indicando a seguir a data com um sorriso estampado na cara.
Sorriso de orgulho, de vaidade (sim, sou muito vaidoso em relação a isso).
Tenho uma vasta panóplia de videoclips. Neste momento, contabilizados são 1566. E mais virão. Uma colecção que faço desde Setembro de 2001, quando fiquei com uma cópia do vídeo de Martin Solveig- Rocking Music.
O segundo (vindo do mesmo PC que o anterior) foi uma certeza: quero mais, mais, mais.
Synth-Pop. Maravilhoso. Descobri uma paixão. Já o era, mas sinto que de certa forma necessitava de algo para se desabrochar.
E quando comecei a fazer downloads, fiquei bastante orgulhoso do que consegui arranjar em primeiro lugar. Na altura era algo que estava em voga, mas eu ao ter o videoclip sentia que tinha algo de valioso, como se eu tivesse algo que era raro. Ingénuo, obviamente, mas a internet era algo desconhecido para mim foi essa a sensação que tinha.
Tentem sentir a música. Se tiverem os ouvidos - e os olhos - bem abertos conseguem sentir a música.
Modesto, simples, mas ao mesmo tempo muito marcante.
Vejam o timbre de voz dele, o sotaque, a coordenação rítmica dos instrumentos, o feeling que a música transmite. Desde o baixista, ao baterista e ao organista.
As quebras na música, a progressão do ritmo, a sincronização das vozes. O fantástico tocar dos copos de cristal (meu Deus, que ideia fabulosa e como fica tão bem na faixa).
Drogas a mais? 1974... Hum, talvez. Mas fizeram um bom trabalho.
Se as drogas causam estes efeitos, abençoada droga. Porque causas têm consequências, a criação de faixas com esta qualidade criam uma sensação de bem-estar nas pessoas que as ouvem. Como eu. E não consumo drogas. Mas abençoada seja por me fazer sentir assim.
'Ta'gardecidos,
Miguel Rocha